A MORTE DE UMA GRANDE DAMA
A MORTE DE UMA GRANDE DAMA
Por Revista Class:
O fim de semana foi triste. Logo pela manhã, no sábado, fomos acordados com a notícia do falecimento de uma das nossas mais legítimas DAMAS, Nair Dalla Saadi, ou simplesmente Dona Nair. Para mim, falar nela é muito fácil. Tivemos o privilégio de conhecê-la e conviver um pouco de sua intimidade desde o início de nossas atividades como colunista social, lá se vão mais de 37 anos.
Naquela época, a matriarca dos Saadi já vivia em sua bela casa de Jacaraípe, o balneário onde ela e seu marido, Ábido Saadi, foram desbravadores. Ali, o casal transformou rapidamente num point, onde os grandes políticos da época decidiam o futuro do Estado. Eurico Resende, senador e depois governador, tinha até pijama e chinelos em sua casa, mas depois um fato, que não merece citação, os tornaram inimigos. Mas, vamos relembrar coisas boas: D. Nari recebia com sua categoria, sempre com o melhor da comida libanesa, em almoços festivos inesquecíveis. Ela mesma é quem preparava e muitos, até hoje, dizem que a receita do seu quibe nunca teve concorrente. Um de seus mais disputados almoços foi para a primeira-dama do país, D. Yolanda Costa e Silva, que visitava o Espírito Santo.
D. Nair foi uma mulher de rara beleza e sempre teve a nossa admiração. Quando iniciamos uma fase nova no Jornal Correio Popular, homenageando pessoas, foi ela a primeira a ser destacada, homenagem que acabou ilustrando a camiseta da nossa primeira Feijoada. Também fez parte, por diversas vezes, da nossa lista das Dez Mais Elegantes do ES. Os nossos encontros sempre foram coroados de alegria por ambas as partes.
O histórico de D. Nair é rico em detalhes, sempre de bons exemplos e belas atitudes, que nos permite assinar que ela foi realmente uma das maiores damas do Espírito Santo. A sociedade capixaba perde uma referência de quase um século, uma vez que faleceu prestes a completas 94 anos, mas que deixou perpetuado o seu nome para sempre para nós, admiradores. Aos familiares, em especial às filhas, Sônia, Sandra, Isabel e Kafinha, o nosso abraço solidário e a certeza que vocês têm muito a se orgulhar. Para Soninha, a neta, que é como nossa irmã, as nossas mãos estendidas para ajudá-la no que for preciso para amenizar a sua dor. Que Deus a receba e conceda com o melhor que possa existir no céu. Amém!
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